Ju Ferraz http://juferraz.blogosfera.uol.com.br Um espaço para pensatas, conversas, divagações e troca de experiências sobre o que é ser mulher nos dias de hoje Fri, 05 Jul 2019 18:13:36 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 “Não vou sentir vergonha do meu corpo”, desabafou Cleo Pires http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/nao-vou-sentir-vergonha-do-meu-corpo-desabafou-cleo/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/07/05/nao-vou-sentir-vergonha-do-meu-corpo-desabafou-cleo/#respond Fri, 05 Jul 2019 18:13:29 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=366

Muita gente falou sobre estas fotos de Cleo Pires na premiação MTV Miaw, que rolou esta semana, em São Paulo. Pouca gente falou bem ou elogiou a artista por seu trabalho, por sua vontade de mostrar sua arte. Muita gente achou que era ok fazer piada com as novas curvas de Cleo. Mais uma vez, a internet foi tomada por comentários maldosos direcionados a uma mulher que simplesmente não se encaixa no padrão estético imposto. Ela, frente a isso, se posicionou de uma forma muito poderosa e empoderada em seu Instagram nesta sexta-feira. Leia a íntegra do comunicado de Cleo, que nos faz pensar e repensar sobre o lugar sombrio em que estamos sendo levados em tempos de redes sociais e onde todo mundo acha que pode – ou deve – criticar e destilar seus preconceitos disfarçados de opinião.

“Oi, galera! Passando aqui para dizer que nesse tempo de carreira, enquanto você me assistia esperando que eu correspondesse a sua expectativa sobre minha magreza, eu estive pressionada a me manter no padrão estético sufocante que esperavam de mim. São muitas marcas e muitos abismos. Sempre fui transparente sobre os precedimentos estéticos que eu fiz, pois nunca foi meu objetivo ser representante de uma beleza natural inalcançável, mas isso está longe de significar que vivo minha vida dentro de uma clínica estética. E parece que usam justamente a minha fraqueza contra mim. Quando eu engordo, dizem “o que ela fez no rosto? Está ficando deformada”. Quando eu emagreço, dizem que eu fiz bichectomia, ou que estou ficando irreconhecível. Todo dia, aparece alguém falando de algo que eu não fiz. Normalmente eu foco no bom. Não amplifico o negativo.  Mas chega um ponto que não dá mais para naturalizar estes comentários, porque penso no tanto de meninas e mulheres que, assim como eu, sofrem distúrbios alimentares e emocionais por conta desse padrão irresponsável, inalcancável e cruel, que é fortemente alimentado pela cultura, indústria e por um certo tipo de jornalismo que tende a comentar sempre de forma depreciativa quando alguém aparece com quilos a mais. Isso não é vergonha! Eu não vou sentir vergonha do meu corpo, esteja ele do tamanho que estiver, com plástica ou não. Está tudo bem com a minha saúde, está tudo bem com as minhas celulites, estrias e com o que mais possa estar incomodando todo mundo. Eu tenho trabalhado incansavelmente, graças a Deus. Estou vivendo para fazer meu sonho se concretizar e, de repente, recebo uma enxurrada de comentários negativos, pesados e maldosos e abusivos? Está na hora de sermos aquilo que faz falta no mundo: pessoas empáticas, justas e, principalmente, livres de comentários tóxicos. Par você que como eu enfrenta a interferência dessas opiniões medíocres, te desejo força! A vida sempre vai ter obstáculos e a gente tem que pedir por coragem, saúde, paciência para superar todos eles e crescimento para chegarmos aonde queremos. Está tudo bem. Tudo bem engordar, tudo bem emagrecer, tudo bem! Siga seus sonhos e peça por coragem. Não vamos deixar isso nos abalar, por mais inconveniente e patético que isso seja. Agora, dá licença que minha pizza chegou. Vlw flw!”

 

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A baiana Letícia Sarmento fez da crise do cacau um negócio vanguardista http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/a-baiana-leticia-sarmento-fez-da-crise-do-cacau-um-negocio-vanguardista/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/05/31/a-baiana-leticia-sarmento-fez-da-crise-do-cacau-um-negocio-vanguardista/#respond Fri, 31 May 2019 18:09:11 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=354

Letícia Sarmento vem revolucionando a indústria cacaueira na Bahia. E essa revolução tem sido orquestrada pela baiana diretamente dos Estados Unidos, para onde foi com apenas 19 anos para estudar Design Gráfico e Artes Visuais na California College of the Arts, em São Francisco, CA. Entre indas e vindas, Letícia se estabeleceu em Nova York, onde fez um Mestrado em Design na School of Visual Arts, em Nova York. “Escolhi este mestrado em parte porque buscava uma formação também em administração, já que sempre sonhei ter o meu próprio estúdio, e por ser uma das melhores faculdades de design no mundo, com professores super renomados”, contou em papo exclusivo com o blog.

Foi a partir dessa revolução pessoal, que nasceu o projeto Fazenda Varre-Vento, que começou a tomar forma em 2017, após uma conversa com seu pai sobre a crise cacaueira na Bahia. Ele, produtor de cacau há mais de 20 anos, buscava soluções para vender amêndoas de qualidade para um mercado de alta demanda, mas que não valoriza o produto. “Por eu estar morando em NY, sugeri que exportássemos toda nossa produção de cacau para que fosse distribuída diretamente para as empresas bean to bar dos Estados Unidos, que buscam o cacau orgânico de qualidade, priorizando o meio ambiente. Cheguei a fazer alguns cursos aqui em NY e visitar alguns micro chocolatiers para não só aprender algumas técnicas no processo de fazer chocolate, mas também para entender os sabores complexos e qualidades das amêndoas que eles buscam”, explicou.

Mas Letícia não parou por aí. Durante essa imersão no mundo do cacau, surgiu também uma vontade de aprender a fazer o seu próprio chocolate. E ela já está colocando em prática esse sonho. “Venho desenvolvendo uma linha exclusiva para lançar no final deste ano! Hoje, montamos uma empresa de cacau orgânico, com o nome Fazenda Varre-Vento (uma abreviação do nome Monte Alto Varre-Vento), que mantêm suas raízes no Brasil, mas que ao mesmo tempo se torna reconhecível internacionalmente. Temos como objetivo nos tornarmos uma das primeiras e únicas tree to bar (da árvore ao chocolate), dos Estados Unidos, produzindo cacau de qualidade para conseguir atingir o consumidor final com nosso próprio chocolate”, reafirmou Leticia. Ela, por conta de sua formação e paixão pelo design, está, também, à frente da direção de arte da empresa, desenvolvendo a identidade visual e toda a comunicação da marca. “O foco nesse desenvolvimento foi ressaltar a importância da preservação das florestas tropicais ao produzir chocolate, ao mesmo tempo em que busquei inovar criando um shape único para nossas barras de chocolate. A Fazenda Varre-Vento: Flavors of the Rainforest (tradução: Sabores da Floresta), almeja a transparência de produção entre o produtor e o consumidor”, contou.

E acha que o currículo dessa baiana cosmopolita para para aí. Nada disso. Em paralelo a este projeto, atualmente ela trabalha como designer no New York Times. “Faço parte do Magazine Labs, um departamento interno da revista do New York Times, encarregado pelas edições especiais que saem a cada duas vezes no mês no jornal de Domingo. Temos uma edição voltada para crianças de 10 a 13 anos, e outra com temas distintos para adultos. Como designer, sou encarregada de conceituar e criar os layouts de cada edição, e também fazer a parte de direção de arte de cada ilustração que tenhamos”, enumerou. E como é trabalhar no jornal mais famoso do mundo? “ O NYT é um lugar verdadeiramente incrível de se trabalhar e eu me sinto realizada por fazer parte de um trabalho gráfico super reconhecido e de tamanho alcance.  Tudo que um designer quer, é que seu trabalho seja visto! E a sensação de ver o meu design como parte do NYT, chegando aos domingos pelo correio, é inacreditável!”, finalizou.

Para conhecer mais:

Site: varrevento.com

Instagram: @faz.varrevento

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Festival Path apresentado por UOL TAB é o epicentro do novo mundo. Entenda! http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/05/26/festival-path-apresentado-por-uol-tab-e-o-epicentro-do-novo-mundo-entenda/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/05/26/festival-path-apresentado-por-uol-tab-e-o-epicentro-do-novo-mundo-entenda/#respond Sun, 26 May 2019 14:33:01 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=350 A conexão é o que move o mundo. E não estou só falando de redes sociais, de internet e networking, estou falando de a gente estimular a necessidade de ouvir o outro, de aprender com o outro, entender o outro e de, realmente, se conectar com o outro. E o Festival Path apresentado por UOL TAB, que acontece entre 1 e 2 de junho, é o epicentro desse conceito de um novo mundo que estamos vivendo. Metaforicamente e literalmente, pois o Path deixa a região de Pinheiros, onde foram realizadas as últimas edições, e se muda com toda sua pauta de diversidade, inovação e cultura para o entorno da Avenida Paulista, região que, assim como o festival, se transforma constantemente e tem a pluralidade em seu DNA.

Serão cinco os principais cenários que vão receber as atividades do Festival Path 2019, que incluem palestras, shows, mostra de filmes, workshops, feiras gastronômica, de startups, maker e de games, além de festas: Hotel Maksoud Plaza, Reserva Cultural, Clube Homs, Hotel Tivoli Mofarrej e Praça Alexandre de Gusmão. Tudo pensado para que a gente consiga transitar a pé entre todos os lugares, fazendo uma verdadeira conexão ocupacional desta Cidade Path, que vai receber cerca de 600 palestrantes, 10 shows e um público estimado de 20 mil pessoas. A proposta é nos tirar da zona de conforto, apresentar novos mundos e nos levar para um ambiente saudável de discussão sobre temas tão diversos, como diversos somos todos nós.

Do feminismo e cultura LGBTQ+, ao empreendedorismo e startups, passando por design, transformação social, indústrias da música e audiovisual, educação, marketing e branding, games, mídia e jornalismo, cannabusiness, saúde, agroinovação, mindfullness entre muitos outros. Para viabilizar tudo isso, nos associamos a marcas que dão valor aos valores do Festival PATH, como o UOL, que assina o naming right, a Coca Cola, o Starbucks at home e a Next, entre outras. Eu, como responsável pelo PR e viabilizadora de negócios da holding clube tenho tido um grande prazer em trabalhar pro festival, pois ele é, de fato, tudo o que a gente precisa: aprender a ouvir se abrir para novos ensinamentos e experiências. Nos vemos lá!

SERVIÇO FESTIVAL PATH 2019
Dias 1 e 2 de junho, sábado e domingo, das 9h às 20h
Programação e Informações: festivalpath.com.br

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Resolvi dar um mergulho no meu inconsciente para tentar tratar a compulsão http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/22/resolvi-dar-um-mergulho-no-meu-inconsciente-para-tentar-tratar-a-compulsao/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/22/resolvi-dar-um-mergulho-no-meu-inconsciente-para-tentar-tratar-a-compulsao/#respond Tue, 23 Apr 2019 01:33:45 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=344

Dra. Polly e eu

Na vida tudo tem sua hora. Uns anos atrás procurei a Dra. Polly por indicação da Ma Tranchesi, queria, assim como ela, resolver minha compulsão, mas, na correria do dia a dia, como sempre fazemos, acabamos nos deixando pra segundo plano. Ou pior do que isso: sempre achamos que conseguimos sozinhas ou que então depois tudo se resolve. Enfim, como todos sabem, passei por várias coisas nos últimos anos, inclusive um Burnout e quando chegamos ao limite lembramos de olhar pra nós de novo. Ou pelo menos entendemos a urgência de se olhar pra dentro, com mais cuidado, mais carinho e atenção. Do mesmo jeito que muitas vezes a gente cuida dos outros.

E, por isso, pensando em mim e procurando uma forma de colocar mais luz para fazer o caminho menos complicado, decidi tentar a Dra Polly novamente.  Ela tem uma abordagem diferente, pois trabalha com as terapias do inconsciente, que, de acordo com ela, é o que move 95% das nossas ações. O foco dela é a causa do problema, já que ela diz que não adianta tratar um sintoma, seja ele ansiedade, compulsão, peso ou depressão, precisa saber o que causou isso e reverter. Só assim ficará livre do problema. Outro ponto é que ela trata a vida como um todo, o objetivo é equilibrar a mesa da felicidade que é formada pela carreira, saúde , relacionamento e finança.

E, como ela mesma disse, tudo que precisamos pra ficarmos plena está dentro de nós mesmo. Por isso, decidi fazer essa viagem para dentro de mim e buscar a minha melhor versão, sem padrões, sem comparações, simplesmente buscando a melhor Ju que posso ser em todos os aspectos da minha vida, primeiro pra mim e claro pra todos que me rodeiam. Você só pode encontrar a real felicidade no dia que se conhecer e reconhecer o diamante que é.

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Precisamos falar sobre o nosso vício em “likes” http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/05/precisamos-falar-sobre-o-nosso-vicio-em-likes/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/05/precisamos-falar-sobre-o-nosso-vicio-em-likes/#respond Fri, 05 Apr 2019 23:55:50 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=338

Um like é só um like. Não deveria validar ninguém, nem frustrar ninguém e muito menos deveria fazer alguém se sentir melhor ou pior por conta de um simples ato mecânico da contemporaneidade. Sim, um ato mecânico e quase involuntário em algumas situações: quantas vezes você deu um like sem nem ver a imagem? Ou quantas vezes gostou de uma imagem, um texto ou um vídeo e não se lembrou de dar um like? Há muitas possibilidades entre um like ou um não-like. Estou dizendo isso porque por um momento eu parei para me perguntar se eu deveria deletar um post que teve poucos likes no meu Instagram. O pensamento durou alguns minutos, até eu me dar conta do que estava acontecendo. Eu gostei de um assunto. Eu quis falar sobre esse assunto nas minhas redes sociais. E eu postei sobre o tal assunto. Mas algumas horas depois o post tinha ganhando pouquíssimas curtidas. Fiquei com vergonha e pensei em deletar. Olha a que ponto a loucura contemporânea chega: a gente sente vergonha de ter um post com poucos likes. O simples fato de eu gostar do assunto postado não é o suficiente. Ele precisa ser validado.

Aos poucos a gente vai percebendo essas prisões nas quais a gente vai se trancando. Aos poucos a gente vai entendendo que o outro é só o outro. Que um like é só um like. Que a minha validação só depende de mim mesmo. E que os rumos da minha vida – e isso passa até pelo que posto no meu Instagram – só faz sentido quando eu faço as minhas escolhas baseadas no que eu sinto, no que me move, no que me deixa feliz. E não para servir de entretenimento para o outro. É claro que não estou falando que o like, que as redes sociais e o número de seguidores não são importantes. É claro que são. De certa forma, eles movimentam a economia, fazem a roda girar e eu, como inserida no mercado de publicidade, de eventos e live marketing, sei a força que o maravilhoso mundo do like tem. E mais do que isso, pessoalmente, é bem legal também, no meu instagram pessoal, quando coloco questões pessoais, onde divido anseios, dúvidas e empoderamentos, ver a força que isso toma. Nesse aspecto, em uma outra ponta, a profusão de likes pode nos levar para um lugar de acolhimento, de que não estamos sozinhos. Mas também é preciso ter cuidado para não se iludir e achar que isso significa que o seu mundo é lindo, perfeito e sem defeitos porque não é. Por isso, é preciso estar atento e forte no universo das redes sociais. É preciso não se deixar puxar para trás e nem muito para o alto. É preciso sempre estar com os pés no chão, consciente e ciente do seu valor. E isso, não tem like que pague.

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Em tempos de más notícias, a volta de Sandy & Junior é o retorno do herói http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/03/em-tempos-de-mas-noticias-a-volta-de-sandy-junior-e-o-retorno-do-heroi/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/04/03/em-tempos-de-mas-noticias-a-volta-de-sandy-junior-e-o-retorno-do-heroi/#respond Thu, 04 Apr 2019 00:55:03 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=332

Depois de 12 anos de uma quase hibernação afetiva, Sandy e Júnior saíram de um passado distante e voltaram a ocupar os nossos corações como se, na verdade, esse sentimento de amor e afetividade por suas músicas nunca tivesse sumido. Depois de tantos anos, eles estão de volta em uma turnê pelo Brasil, que, como todo mundo sabe, causou uma comoção daquelas, com muito riso, choro, alegrias e frustrações, pois ao mesmo tempo que se anunciaram as muitas datas de shows pelo Brasil, a saga pela compra dos ingressos – com direito a dormidas na rua na porta dos pontos de vendas e muita dor de cabeça na compra online – começou. Ontem, eles estrearam o show no lançamento de um carro para alguns convidados e eu fiquei aqui pensando o que significa para o Brasil o retorno dos irmãos.

Primeiro, estamos sem heróis. Sandy e Júnior (pelo menos, para minha geração) tem gosto de adolescência, de descoberta, de dancinhas, questionamentos e poesia. Em seguida, eles nunca esqueceram o sentido de família. Construíram as suas e sempre trataram os pais da forma que eles merecem. Talvez esteja aí a razão pela comoção brasileira pelo retorno dessa dupla: eles são o retrato perfeito de uma família brasileira. Brigas e divergências, eles devem ter como todos nós, mas além da música que enche nosso coração de graça e nos deixam cheios de saudade de um tempo que não vai voltar, mesmo com o retorno deles, Sandy e Júnior são artistas que representam o singelo, o respeito, a amizade, a irmandade e principalmente o amor. E estamos precisando disso, correto? Além de precisar, estamos merecendo. Merecendo mais música que acalma o coração, mais verdade, mais leveza no nosso dia a dia. Que bom que eles decidiram voltar para alegrar um Brasil carente de bons exemplos e pessoas normais. Viva Sandy e Júnior. Sou fã desde pequenininha!

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No Dia da Mulher, entendi que o que toda mulher precisa é de coragem! http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/03/08/no-dia-da-mulher-entendi-que-o-que-toda-mulher-precisa-e-de-coragem/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/03/08/no-dia-da-mulher-entendi-que-o-que-toda-mulher-precisa-e-de-coragem/#respond Fri, 08 Mar 2019 12:32:44 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=328 Como diria Simone de Beauvoir, a gente não nasce mulher, a gente se torna mulher. E eu tenho cada dia mais orgulho da mulher que eu construí pra mim mesma, da mulher que eu me tornei e das mulheres que eu tenho ao meu redor. A começar pela minha mãe, que me criou, me fortaleceu e segue sendo meu esteio, meu norte e meu porto seguro, passando pela minha avó, que me ensina tanto, há tanto tempo, minha tia Monique Gardemberg, que sempre me fez voar, me incentivou e me pegou pela mão, pelas profissionais que já passaram pela minha vida e as que hoje fazem parte da minha equipe, pelas minhas amigas, conhecidas, desconhecidas… No fim das contas, toda mulher é uma inspiração, toda mulher carrega seu fardo, suas dores e delícias e todas tem alguma coisa para nos ensinar. Neste dia das mulheres, resolvi olhar para a menina que eu fui – e que ainda sou – há algumas décadas atrás e trazê-la para perto de mim, hoje, para que ela visse aonde eu cheguei. Aonde nós chegamos.

Eu não sonhava em casar, em constituir família, eu sonhava em ser uma grande executiva, morar em São Paulo e conhecer o mundo. Hoje eu estou em São Paulo, sou uma executiva respeitada e, mais do que isso, constituí uma família que me faz sentir uma mulher ainda mais especial. Meu marido, Bruno, e meu filho, Matheus, são parte de mim e de quem eu sou, e, eu só tenho que agradecer pela chance de ser mulher e mãe. Hoje, 30 anos depois, olho para onde estou e percebo que sigo com milhões de lutas internas, dificuldades e grandes vitórias, como foi em toda minha vida. Desde que eu era uma menina e até hoje, e acho, que vai ser assim até o fim dos dias. Pois viver é isso, não, é? Mas hoje, olhando aquela menina de 30 anos atrás, eu só diria pra ela que tudo o que ela vai precisar nesta vida vai ser coragem. Coragem para seguir em frente, para se superar, pra não ter medo, para não acreditar no que as pessoas falarem a seu respeito e, principalmente, coragem de ser verdadeira com ela mesma. Coragem. O que toda mulher precisa – e tem de sobra, mesmo quando parece faltar – é coragem. Viva nós!

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A importância de celebrar as Baianas,patrimônio cultural imaterial da Bahia http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/02/10/a-importancia-de-celebrar-as-baianaspatrimonio-cultural-imaterial-da-bahia/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/02/10/a-importancia-de-celebrar-as-baianaspatrimonio-cultural-imaterial-da-bahia/#respond Sun, 10 Feb 2019 13:25:29 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=323 Eu sou uma mulher branca baiana. Ou uma baiana branca e mulher. Ou, ainda, uma branca mulher baiana. Essas três características me definem desde o meu nascimento em uma cidade majoritariamente negra e, por isso, sei exatamente o meu lugar de fala, quando devo calar e ouvir. E passei os últimos dias ouvindo. Estou, claro, falando da repercussão da festa de Donata Meirelles, em Salvador, nesta sexta-feira, no Palácio da Aclamação. À parte toda a discussão que se criou, foi uma festa linda, impecável, alto astral, com comida boa – de quase todos os grandes chefs baianos, como Dadá, Angeluci Figueiredo e Edinho Engel -, com um mix de convidados de todas as partes do Brasil e, ainda, um show inesquecível de Caetano Veloso com a Orquestra Rumpilezz. Mas quando acordei, no sábado, comecei a ver que alguma coisa tinha dado margem a interpretações diferentes das idealizadas.

Quando as fotos da festa começaram a rodar pelo Instagram, muitas pessoas começaram a questionar a escolha do figurino das recepcionistas da festa. Todas negras, vestidas de branco. Para alguns desses críticos, remetia à época da Casa Grande e Senzala, da Sinhá e suas Mucamas. Fizeram até referência a um “trono de Sinhá”, associando a cadeira do Candomblé, que via-se várias espalhadas pelo ambiente para as pessoas se sentarem, a um trono imperialista. Mas é claro, óbvio e lógico que nunca, em momento algum, tenha passado pela cabeça de Donata, da organização da festa ou de quem quer que seja que a ideia de colocar as Baianas – patrimônio cultural imaterial do Estado – com suas roupas de festa para receber os convidados de uma festa fosse ser encarado como uma exaltação à escravidão.

As Baianas, como em toda festa na Bahia – inclusive na recepção do aeroporto de Salvador – são grandes atrações. E não foi diferente na celebração de sexta-feira. Elas eram a nossa primeira impressão do que estava por vir. E eu, como mulher branca baiana me senti, assim que entrei, no Pelourinho, numa festa de Largo, na Lavagem do Bonfim ou no Rio Vermelho no Dia de Iemanjá. E não em um Brasil de centenas de anos atrás rodeada de escravas. Porque não é assim que a gente, na Bahia, vê as Baianas. É claro, também, que o fato de a festa ter tido como convidados muito mais brancos do que negros, que fotografaram ao lado das Baianas – como qualquer turista faz em qualquer esquina da cidade- colocou ainda mais combustível na discussão.

A falta de equilíbrio entre o número de negros como convidados e brancos na festa de Donata é culpa do racismo estrutural que ainda impera no país. Ele impede, há muitos anos, a ascensão social dos negros. E isso não é culpa de uma pessoa. Mas de anos e anos de uma opressão – opressão esta que nunca foi celebrada na festa da qual participei. Muito pelo contrário. Não estou aqui para defender branco nenhum. Nem a mim mesmo. Porque ninguém está imune a ser criticado. Críticas, aliás, são sempre bem-vindas, quando tem o objetivo de nos tornar pessoas melhores, de nos fazer questionar o status quo e algumas atitudes que tomamos sem perceber. Mas o que tenho visto nas redes sociais é uma vontade de linchamento, de humilhação e de enfrentamento sem que se ouça o que o outro quer, de fato dizer. Ninguém se ouve. Todo mundo só grita. Todo mundo tem uma opinião, que é a única que vale, e quer que o outro a ouça, nem que seja na marra, no berro, no tiro.

É claro que as fotos postadas, tiradas do contexto em que estavam inseridas dentro de toda a ideia de festa, podiam dar – e deram – margem a muitas interpretações. Mas me espanta um pouco quando as pessoas veem uma Baiana – repito, patrimônio cultural imaterial do estado em que nasci – e, imediatamente, a associam a uma escrava. As baianas mulheres negras são muito mais do que essa associação direta e merecem respeito.

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O que você deseja para o resto da sua vida? Aos 38 anos, eu descobri http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/02/09/o-que-voce-deseja-para-o-resto-da-sua-vida-aos-38-anos-eu-descobri/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/02/09/o-que-voce-deseja-para-o-resto-da-sua-vida-aos-38-anos-eu-descobri/#respond Sat, 09 Feb 2019 04:02:46 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=317 09 de fevereiro de 2019. O dia que eu completo 38 anos. Trinta e oito voltas inteiras ao redor do sol. E, pensando nessa imagem, penso também na numerologia do 38: 3 + 8 = 11. 11 é um número de forte magnetismo e caracteriza as pessoas idealistas, inspiradoras, inventivas, capazes de iluminar o mundo através de idéias elevadas. E lendo sobre isso, me fiz uma pergunta: O que eu desejo para o resto minha vida? Lembro que desejava ter uma carreira bem sucedida, ter sucesso profissional, morar em SP, conhecer o mundo, ficar ao lado de minha família. E não é que muita coisa eu consegui? Foi tudo meio aos solavancos, sem muita estrutura ou planejamento a longo prazo, tudo no susto, mas, sempre, com muita força de vontade, muita luta e muita coragem.

Eu em três momentos, para celebrar meus 38 anos!

Nesse momento, estou no taxi indo para Bahia. Não escolhi passar meu aniversário em Salvador por vontade própria, mas, sim, por ter uma outra celebração de mais um ano de vida de alguém muito especial, que, por acao, vai acontecer por lá. Mas, aqui, pensando com os meus botões tenho certeza que essa conjunção foi obra de Yemanjá e os orixás, que me chamaram para comemorar essa data de uma maneira especial: no lugar onde eu nasci, com pessoas que eu amo, com as bênçãos do sol e da Baía de Todos os Santos e, principalmente, tendo a possibilidade de agradecer a minha caminhada até aqui na Igreja do Bonfim e na casa de Yemanjá. Estou introspectiva. Mudei muito nesse último ano. Tive que me despir de mim mesma. Tive que ressignificar vários fatores da minha vida e de questões que eu tinha como consolidadas, mas que, olhadas de perto, precisavam de uma revolução.

Precisei me cuidar, me ausentar e, principalmente, selecionar com quem eu posso verdadeiramente contar. Me sinto mais pesada, no sentido de que carrego mais experiências e mais vida vivida, mas, ao mesmo tempo, mais leve. É contraditório eu sei, mas acho que tem a ver com a idade. Tenho me sentido mais velha (rs) e de fato o tempo me trouxe mais maturidade. E isso é bom. A gente aceita as surpresas da vida de uma melhor forma. Entende que para tudo tem hora. Hora de terminar essa carta agradecendo por tantas bençãos, tantas mãos no meu caminho, tantas oportunidades, e, principalmente, por ter ao meu lado o que realmente importa nessa vida: família, saúde e amor. Axé!

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Quero colheita em 2019: de sinceridade, família, alguns amigos e trabalho http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/01/04/quero-colheita-em-2019-de-sinceridade-familia-alguns-amigos-e-trabalho/ http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/2019/01/04/quero-colheita-em-2019-de-sinceridade-familia-alguns-amigos-e-trabalho/#respond Fri, 04 Jan 2019 20:18:56 +0000 http://juferraz.blogosfera.uol.com.br/?p=312 Queria escrever um pouco sobre o ano que passou e sobre o que aprendi com ele e vou levar para esse 2019 que acabou de começar. A ideia, aqui, não é reclamar, mas dizer que, com o passar do tempo, com os aprendizados, a gente fica mais seletivo, mais pensativo, menos falante. E foi exatamente assim que eu terminei 2018. Foi um ano de grandes descobertas. De muitas verdades. De entender quem é quem, de identificar, de fato, aqueles que quero por perto e de me afastar ainda mais dos que eu quero longe. Apesar de entender necessária essa seleção natural da vida, ela é sofrida. Sofrida porque você passa anos e anos vivendo, entendendo e olhando para o outro como se ele fosse o que você imaginou que era. E como num piscar de olhos, aquela pessoa não se encaixa mais na sua vida. Não tem os seus valores e as suas referências. E isso tem me incomodado. Principalmente com a artificialidade das coisas e das pessoas. Elas estão sempre muito preocupadas com elas, em fazer barulho, em se vangloriar.

Minha mãe, Luiza, meu filho, Matheus, e meu marido, Bruno, na nossa viagem de fim de ano

Que esse ano seja de mais trabalho, mais silêncio, menos gente espuma por perto. Quero gente que trabalha duro, que respeita os outros, que sabe a importância de família e dos amigos ao lado. Por isso, decidi que a minha palavra para 2019 será colheita. Quero colher o que plantei em 2018. E essa colheita passa pela verdade, sinceridade, família e muito poucos amigos. Quero colher trabalho duro sem passar por cima de ninguém e sem achar graça porque o outro caiu ali na frente. Quero colher equilíbrio emocional, financeiro e quero mesmo é cuidar de mim. Estou com vontade disso. Vontade de ir ao dermatologista, fazer ginástica, ter uma alimentação saudável, sabe? Mas não é uma meia vontade. É uma vontade necessária para finalmente seguir o meu caminho que eu tanto lutei para descobrir. O que desejo a você, que está lendo esse texto aí do outro lado, é o mesmo que desejo para mim: clareza, saúde e foco para encontrar a sua felicidade e realizar os seus sonhos. Que 2019 seja lindo e especial como todos nós merecemos. Mas, não esqueça, só depende de você.

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